2 de set. de 2010

Interlúdio ou Ana Cristina César (ou como tive certeza de algumas coisas)



Aí acontece de você assistir a um espetáculo esperando uma coisa e outra ocorre. Surpresa boa. No "Um Navio no Espaço" havia (ótima) poesia da poetisa A. C. César e no palco, Paulo José e a surpreendente Ana Kutner (filha dele com Dina Sfat).
Horas antes, à tardezinha, havia me reunido com T.L., F.M, e mais outros dois colegas no CAC Walmor Chagas e, após mostrar o rascunho da cena "Travelling", expus minhas pretenções de levar um "estúdio de cinema" (literalmente) para o palco. Com projeções de animação e documentário ficcional, contracena entre projeção e atores e sombras. E não é que tinha tudo isso no "Um Navio no Espaço"?
Quando estrearmos nosso work in progress, podem até dizer que copiei a direção do  Paulo José. Não vou copiar, com certeza, mas que tive várias boas idéias durante a apresentação, isso tive!
Estou com a alma lavada por saber - a cada dia - que estou no caminho certo. Ter dúvidas é seguir em frente. Sempre.
Ao final do espetáculo, uma conversa rápida com meu mestre Alexandre Mate. Tecnologia e atuação caminhando juntas, como outra forma de narrativa. Ele gostou do que viu. Eu também.
Às vezes acontece de você estar no lugar certo, na hora certa.

WP.

Fotografo por trás dos vidros
da minha janela
o mundo lá fora
vazio, distante
Quando revelo as fotos,
Vejo o meu reflexo em todas elas

Ana Cristina César

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